Índia, 14 de Fevereiro de 1554
Querida Amada:
Escrevo esta carta a vossa senhoria, neste dia tão especial para ambos, pois mesmo estando longe não me podia esquecer de vós. Espero que também vos tenhais lembrado de mim e dos momentos que passámos juntos.
Tenho pena que a época em que vivemos seja complicada para sobreviver; temos que lutar. Se isto fosse diferente, acreditai que estaria ao vosso lado, pois fazeis-me muita falta.
Com amor profundo e eterno
Luís Vaz de Camões
P.S. Junto envio um dos meus poemas onde retrato o amor.
Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer;É um não querer mais que bem querer;
É solitário andar por entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É cuidar que se ganha em se perder;
É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata lealdade.
Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo Amor?
E sabe sempre bem recordar Camões desta forma. Gostei da frase inspirada "...em que o Padre Valentim...".
ResponderEliminarEsta carta está muito bem elaboprada, têm aqui um belo trabalho, espero continuar a ver trabalhos assim, porque com trabalhos destes até dá vontade de aprender mais sobre Camões.
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